O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), principal nome para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, se posicionou nesta terça-feira (12/11) em defesa de uma discussão ampla sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho 6×1. O parlamentar sugeriu que o tema seja debatido ouvindo “os dois lados”, e não apenas uma perspectiva.
A declaração foi feita durante uma reunião com membros da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), quando Motta destacou a importância de envolver tanto os empregadores quanto os empregados no debate. “É um tema que vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Precisamos ouvir também quem emprega”, afirmou.
Embora não tenha se posicionado de forma definitiva sobre a PEC, o deputado defendeu um debate respeitoso e construtivo, alertando que a Câmara não deve se transformar em um ambiente de “agressões pessoais e verbais” que possam prejudicar as discussões.
A proposta de mudança na jornada de trabalho, apresentada pela deputada Erika Hilton e elaborada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), busca alterar a carga horária para quatro dias por semana, com um limite de oito horas diárias e 36 horas semanais. O texto também prevê a possibilidade de compensação de horários e redução de jornada, desde que haja acordo ou convenção coletiva entre patrões e empregados.
O movimento já conta com mais de 1,6 milhão de assinaturas em apoio à PEC, demonstrando forte adesão popular à iniciativa.
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