Reportagem da Revista Veja nesse final de semana aponta que o deputado federal Hugo Motta (Republicanos) já tem planos em andamento para, se eleito, buscar também a reeleição na presidência da Câmara. Com isso o parlamentar, que é cotado para disputar o Governo ou o Senado Federal em 2026 ficaria fora da disputa majoritária na Paraíba.
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Faltando quase três meses para a eleição para a presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) conta com adesão de quinze partidos em torno da sua candidatura, o que corresponde a 75% de toda a composição da Casa. A lista de apoiadores deve aumentar nos próximos dias e, com a eleição em fevereiro de 2025 dada como certa, o jovem parlamentar já mira um pouco mais além.
Herdeiro de uma família tradicional na política da Paraíba, Motta foi eleito deputado em 2011 sem nunca ter exercido ou disputado um cargo público. Para 2026, quando completará quinze anos na Câmara,o parlamentar planejava alçar voos mais altos e disputar uma cadeira no Senado.
A reviravolta que lhe levou à candidatura ao comando da Câmara deve mudar os planos. Aliados mais próximos de Hugo Motta afirmam que ele deve adiar o projeto de virar senador e tentar um novo mandato como deputado. Dessa maneira, ele pode tentar permanecer por mais dois anos exercendo uma das mais importantes funções da República – essa, aliás, foi a mesma estratégia usada por Arthur Lira (PP-AL), o atual presidente e principal cabo eleitoral de Motta.
A Constituição impede que deputados e senadores se reelejam na mesma legislatura (os quatros anos de mandato, na Câmara, e oito no Senado). Não há, porém, vedações para que o presidente tente um novo mandato à frente do cargo após a mudança de legislatura.
Hugo Motta entrou na disputa pela Presidência da Câmara após a desistência de Marcos Pereira, o presidente do Republicanos. O parlamentar paraibano sempre foi apontado como o nome “do coração” de Arthur Lira para ser o seu sucessor, mas a candidatura de Pereira era um impeditivo. O dirigente, porém, acabou cedendo espaço após não conseguir um acordo com outras legendas, entre elas o PSD, dirigido por Gilberto Kassab, que também tem um candidato ao posto.
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