O ex-candidato a vice-prefeito de João Pessoa pelo partido Novo, pastor Sérgio Queiroz, defendeu, durante entrevista ao programa Hora H da TV Manaíra, na noite dessa segunda-feira (04), que a direita na Paraíba tenha uma candidatura própria ao Governo do Estado nas eleições de 2026. Para Queiroz, a diversificação de candidaturas na oposição pode ser crucial para levar as eleições para o segundo turno, enfrentando assim o projeto político que será apresentado pela base do governador João Azevêdo (PSB).
Embora reconheça que ainda é “cedo” para definições concretas, Sérgio Queiroz acredita que, assim como aconteceu nas eleições municipais de João Pessoa em 2020, a multiplicidade de candidatos pode favorecer a oposição. Entre os nomes que circulam nos bastidores do bloco oposicionista estão Efraim Filho (União), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Romero Rodrigues (Podemos), mas, até o momento, o reduto bolsonarista ainda não definiu um postulante.
“O que aconteceu em João Pessoa, quando a eleição foi para o segundo turno, não teria ocorrido se não houvesse a quantidade de candidatos que teve: o PL de um lado, Efraim Filho apoiando Ruy Carneiro e Luciano Cartaxo indo por fora. Isso levou a eleição para o segundo turno, e eu acredito que a pulverização no primeiro turno faz bem à democracia”, afirmou Queiroz.
Para o ex-candidato a vice-prefeito, embora o primeiro turno seja marcado por uma maior divisão de votos, a união será fundamental para a oposição na eventualidade de um segundo turno. “É óbvio que, caso haja segundo turno, os grupos vão tender a se unir em torno do que mais se aproxima dos seus ideais”, ponderou.
Terceiro Turno em João Pessoa
Sérgio Queiroz também comentou sobre a disputa em João Pessoa, lembrando que a chapa na qual foi candidato a vice, liderada pelo ex-ministro Marcelo Queiroga (PL), entrou com uma ação pedindo a cassação da candidatura do prefeito reeleito Cícero Lucena (PP). No entanto, Queiroz foi enfático ao dizer que não vai “lutar pelo terceiro turno” na capital paraibana.
“Eu não vou ser pulga de ninguém, nem de desembargador atrás disso. Mas as ações já foram movidas e vão seguir seu curso, independente da nossa vontade. Embora tentem atribuir à oposição tudo o que aconteceu, prefiro não comentar sobre os fatos, mas havia questões que já vinham acontecendo e que podem ter desdobramentos, ou não”, concluiu.
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