Na última terça-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou, por 241 votos a 94, com duas abstenções, o projeto de lei que amplia as cotas em concursos públicos federais, aumentando de 20% para 30% a reserva de vagas para pessoas pretas ou pardas. O projeto também expande a abrangência das cotas para indígenas e quilombolas. Agora, o texto segue para o Senado, onde passará por nova votação.
A aprovação do projeto gerou discussões sobre a representatividade e a igualdade de oportunidades no Brasil, mas a bancada paraibana teve um comportamento dividido. Dos doze deputados federais da Paraíba, seis votaram a favor do projeto, um votou contra, e cinco se ausentaram durante a sessão.
O deputado Cabo Gilberto (PL) foi o único a votar contra o aumento da reserva de vagas. A sua posição reflete a orientação de seu partido, o PL, que foi um dos únicos a instruir seus parlamentares a votar contra a proposta. Já o Partido Novo seguiu a mesma linha, orientando seus deputados a rejeitar o projeto.
Por outro lado, seis parlamentares paraibanos optaram por apoiar o projeto e votaram a favor da ampliação das cotas. Eles consideram que a medida representa um avanço importante na promoção de igualdade racial e no combate à desigualdade de oportunidades.
Entretanto, o número de ausências também foi significativo, com cinco deputados da Paraíba não comparecendo para votar.
Veja como cada deputado federal paraibano votou:
- Votaram SIM (a favor do projeto):
Aguinaldo Ribeiro (PP)
Damião Feliciano (União Brasil)
Hugo Motta (Republicanos)
Luiz Couto (PT)
Mersinho Lucena (PP)
Romero Rodrigues (Podemos) - Votou NÃO (contra o projeto):
Cabo Gilberto (PL) - Faltaram à sessão:
Gervásio Maia (PSB)
Murilo Galdino (Republicanos)
Wilson Santiago (Republicanos)
Ruy Carneiro (Podemos)
Wellington Roberto (PL)
A votação na Câmara dos Deputados reflete o debate em torno das cotas no Brasil, sendo um tema divisivo entre as diferentes correntes políticas. Para muitos, a ampliação das cotas é um passo importante para a inclusão de grupos historicamente marginalizados no serviço público. Porém, para outros, a medida gera questionamentos sobre a eficácia e os impactos dessas políticas em longo prazo.
Com o projeto agora seguindo para o Senado, o debate sobre as cotas continuará, e a bancada paraibana deve se posicionar novamente quando a proposta retornar à Câmara Alta para sua análise e aprovação final.
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