PT aponta Hugo Motta como favorito para presidência da Câmara e líder da sigla destaca: “Queremos um presidente que dialogue institucionalmente”

Integrantes da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniram no gabinete da sigla no Congresso Nacional nessa terça-feira (15) para discutir a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados, atualmente ocupada por Arthur Lira (PP-AL). A reunião marca o início das consultas formais sobre o nome que poderá assumir o comando da Casa a partir de fevereiro de 2025.

O líder do PT na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), destacou que o partido está iniciando o processo de diálogo interno e que há tempo suficiente para amadurecer a escolha. “Estamos em um processo de consultas, iniciamos hoje esse debate aqui na Casa. E temos tempo, o tempo está a nosso favor”, declarou Cunha à imprensa após o encontro.

Uma das principais opções discutidas é o nome do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo Odair, Motta representa uma convergência de forças políticas, atendendo aos interesses de uma ampla coalizão na Câmara. Apesar da inclinação por seu nome, o líder petista ressaltou que o debate sobre o apoio oficial continua em aberto.

“Na tese de permanência, temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Motta (Republicanos-PB)”, explicou.

Odair Cunha afirmou que o objetivo do PT não é promover um ambiente de disputa entre governo e oposição na presidência da Casa. “Não queremos acirrar um processo de disputa na casa. A presidência da casa não é pra ser da oposição ou da situação. A presidência tem que se portar como um árbitro onde quem tem maioria consegue aprovar aquilo que deseja. Então, não vamos tratar a presidência da Casa como uma questão do governo ou da oposição. Queremos um presidente que dialogue institucionalmente”, afirmou.

Para a bancada petista, Hugo Motta se destaca por sua capacidade de dialogar com diferentes forças políticas, garantindo maior estabilidade institucional. “A compreensão majoritária da nossa bancada é que uma disputa acirrada na casa não é bom nem para os interesses do PT, nem para o governo. A prioridade manifestada entre os membros ouvidos na reunião é construir um espaço institucional, de equilíbrio, e respeito civilizatório”, frisou Odair.

As discussões e consultas devem prosseguir até o final de outubro, com a possibilidade de que o resultado do 2º turno das eleições municipais influencie a decisão final do PT. A próxima reunião da bancada está marcada para o dia 29 de outubro.