O cenário político na Câmara dos Deputados ganhou um novo contorno nessa terça-feira (03) após o anúncio de que o presidente nacional do Republicanos e atual vice-presidente da Casa, Marcos Pereira, desistiu de sua candidatura ao comando da Casa. Em um movimento estratégico, Pereira declarou apoio ao deputado federal Hugo Motta (PB), líder do Republicanos na Câmara e presidente do partido na Paraíba e que, segundo a mídia nacional, tem ganhado cada vez mais força como o nome quase unânime para a sucessão na presidência da Casa.
Com apenas 34 anos, Hugo Motta já está no seu quarto mandato consecutivo como deputado federal e, agora, surge como um ponto de convergência tanto para a direita quanto para a esquerda. Seu nome tem sido amplamente aceito pelos parlamentares e o apoio suprapartidário coloca Motta em uma posição privilegiada para a disputa.
O anúncio de Marcos Pereira foi feito após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no fim da tarde de terça-feira. Em seguida, Pereira comunicou a decisão ao atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O objetivo dessa movimentação é construir uma candidatura única dentro do campo de apoio de Lira e pressionar pela desistência de outros candidatos, como o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).
A desistência de Pereira veio justamente às vésperas do anúncio de Lira sobre seu candidato à sucessão na Câmara. Embora Lira estivesse trabalhando pelo nome de Elmar Nascimento, a avaliação é de que, neste momento, ele não teria votos suficientes para garantir a vitória em plenário. Com a entrada de Hugo Motta como um forte candidato, há uma inclinação para que Lira também declare seu apoio ao deputado paraibano.
Aliados de Lira afirmaram que Antonio Brito (BA), líder do PSD e outro pré-candidato, havia sinalizado sua disposição de retirar sua candidatura caso Motta fosse o candidato escolhido. Com isso, a expectativa é de que Lira consiga convencer Elmar Nascimento a se retirar da disputa, consolidando o nome de Motta como um candidato de consenso e uma figura central capaz de unir as diferentes forças políticas na Câmara.
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