O deputado estadual Tião Gomes, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, mobilizou-se junto ao governo estadual e ao deputado federal Murilo Galdino para garantir que o campus do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) permaneça em Areia. Desde 2016, o IFPB tem promovido o desenvolvimento regional e a qualificação profissional no município, mas ainda enfrenta o desafio de não ter uma sede própria.
Neste ano, a construção da sede foi finalmente inserida no Orçamento da União, com previsão de um investimento de R$ 50 milhões. Contudo, a contrapartida do município não foi efetivada, tendo em vista que a prefeitura apresentou terrenos incompatíveis com as especificações técnicas necessárias do IFPB e se negou a realizar a doação de um terreno de 5 hectares, avaliado em aproximadamente R$ 600 mil. Interessada em ter o campus, a Prefeitura de Alagoa Grande já fez a doação do terreno.
Tião Gomes fez um apelo direto ao governador João Azevêdo, pedindo que o estado desaproprie e compre o terreno para doá-lo ao IFPB, demonstrando sua preocupação com o futuro do campus em Areia. Para ele, a permanência do instituto é de fundamental importância para o desenvolvimento educacional e econômico da região, e a perda desse investimento significaria um grande retrocesso para a cidade.
“A implantação do IFPB em Areia foi uma luta do nosso mandato e da atuação do ex-prefeito de Areia, Paulo Gomes, que, em 2016, foi responsável pela cessão de um espaço público para acelerar o início dos cursos no município, enquanto o prédio sede não ficava pronto. Hoje, estamos prestes a perder essa conquista. Enquanto outros municípios lutam para ter um, Areia descartou o IFPB”, disse Tião Gomes.
A Prefeitura de Areia tem sido um obstáculo no processo de consolidação do campus. Em uma audiência pública, foi revelado que a prefeita negou a doação do terreno, mesmo tendo sido responsável por apresentar o local como uma opção inicial. Desde essa negativa formal, a gestão municipal não apresentou nenhuma outra alternativa de terreno.
Agora, o IFPB de Areia, que é o único campus da Rede Federal sem sede própria, depende da resolução dessa questão para garantir sua permanência. Com o prazo para a consolidação da unidade expirado neste mês, o Ministério da Educação (MEC) aguarda um desfecho para que o projeto siga em frente.
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