Ao NinjaCast, vereador Odon Bezerra relembra que fez o primeiro boicote do Brasil ao preço dos combustíveis e detalha a repercussão nacional do fato: “Eu fui processado”; ASSISTA

Em sua participação no NinjaCast, o vereador Odon Bezerra relembrou um dos momentos mais marcantes de sua trajetória enquanto esteve à frente do Procon da Paraíba: a realização do primeiro boicote do Brasil aos preços de combustíveis. Odon contou como a ação foi fundamental para reduzir o preço dos combustíveis em João Pessoa, mas também gerou uma série de controvérsias, incluindo processos judiciais.

Segundo ele, o boicote foi uma medida estratégica e transparente para conscientizar a população sobre o abuso nos preços. Odon explicou a dinâmica do movimento: “Eu dizia: ‘não abasteça na bandeira tal, abasteça em qualquer bandeira, menos nessa’. Fiz questão de ser claro, peguei o nome de todas as distribuidoras e, na frente das câmeras de televisão, joguei o papel em cima da mesa, pedindo para uma repórter tirar o nome sorteado. Assim, recomendava que o povo abastecesse apenas naquela bandeira”.

A ação, apesar de bem recebida pela população e efetiva na redução dos preços, gerou críticas de setores empresariais. O vereador foi processado por entidades do setor, alegando que ele não tinha competência para realizar tal movimento. Odon lembrou que chegou a ser acusado de favorecer uma bandeira específica, mas rebateu as acusações, enfatizando que a iniciativa foi feita com total transparência.

Mesmo com os desafios jurídicos, a ação teve um impacto positivo. “Com duas semanas, eu consegui baixar o preço dos combustíveis. A sentença do juiz que analisou o caso foi interessante, pois ele afirmou que aquele tipo de ação era algo mais comum em países de primeiro mundo, porque trabalhava a consciência das pessoas, não o impedimento de abastecer onde quisessem”, destacou o vereador.

Na época, devido à visibilidade e sucesso da iniciativa, muitos especulavam que Odon Bezerra seria candidato à prefeitura de João Pessoa. No entanto, ele decidiu não se candidatar, acreditando que seria um ato de oportunismo. “Diziam: ‘Odon é candidato a prefeito de João Pessoa’, mas eu não fui porque achei que seria oportunismo”, concluiu.

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