A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), presa durante a Operação Território Livre, anunciou sua desistência de concorrer à reeleição nas eleições deste ano. O comunicado foi encaminhado à Justiça Eleitoral e registrado no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (26). Raíssa está presa desde o dia 19 de setembro, quando foi alvo da segunda fase da operação que investiga o aliciamento violento de eleitores.
A parlamentar está detida na Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa, sob a acusação de envolvimento com integrantes de uma facção criminosa. De acordo com as investigações da Polícia Federal, as provas incluem conversas encontradas no celular da vereadora, que sugerem articulações com um traficante e diálogos com membros de facções.
No último dia 23 de setembro, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) negou o pedido de habeas corpus da defesa de Raíssa Lacerda, que alegava que os argumentos da prisão eram genéricos e que a vereadora possui saúde fragilizada, além de ser curadora de um irmão dependente químico. O relator do processo, juiz Bruno Teixeira de Paiva, considerou que, apesar das alegações, não foi comprovado que a vereadora seja a única pessoa apta a cuidar do irmão, nem foram apresentadas provas de uma doença grave que justificasse sua soltura.
Os juízes do TRE seguiram a decisão do relator e, por unanimidade, a prisão da vereadora foi mantida.
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