Uma nova polêmica aquece a corrida eleitoral na cidade de Campina Grande. O PSOL ajuizou uma ação na Justiça Eleitoral, pedindo a cassação do registro de candidatura de Arthur Bolinha, do partido Novo. A acusação gira em torno de um gesto feito em uma postagem nas redes sociais do candidato, que, segundo o PSOL, remete a símbolos utilizados por supremacistas brancos.
A legenda, que na disputa é representada pelo professor Nelson Júnior, afirma que o gesto utilizado por Bolinha em um vídeo publicado no Instagram se assemelha a um sinal comumente associado ao grupo extremista conhecido como “skinhead white power”. Na ação, assinada pelo advogado Olímpio Rocha, o partido cita organizações internacionais de direitos humanos, que classificam o gesto — a união do dedo polegar com o indicador, formando um círculo, enquanto os outros três dedos permanecem levantados — como incitação ao crime de racismo e ódio contra minorias.
O PSOL considera que a veiculação de símbolos associados à supremacia branca em propaganda eleitoral é inaceitável, constituindo uma violação dos princípios democráticos e da legislação eleitoral brasileira. A legenda pede que o candidato tenha sua candidatura cassada, além da aplicação de uma multa, a retirada da postagem e a instauração de uma investigação criminal para apurar possíveis crimes de preconceito racial e étnico. O processo tramita na 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande, sob o número 0600080-95.2024.6.15.0017.
A publicação de Bolinha foi originalmente planejada para destacar o número de seu partido na urna, 30, através de um gesto com as mãos. Contudo, o PSOL entende que o sinal de 30 foi, na verdade, uma representação do gesto usado por extremistas de direita. Este tipo de acusação não é nova na política nacional, como exemplificado pelo caso de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais da presidência no governo de Jair Bolsonaro, que também foi acusado de realizar gestos similares e acabou preso por participação em um esquema golpista.
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