Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde no governo Bolsonaro e pré-candidato a prefeito de João Pessoa pelo PL, foi alvo da sanção mais severa que um ex-ministro pode receber: uma censura ética. A punição, imposta pela Comissão de Ética Pública da Presidência em março deste ano, estava sob sigilo até agora, revelando um momento delicado para Queiroga em meio à sua pré-campanha.
O processo ético contra Queiroga decorreu de declarações feitas em um evento no auditório do Ministério da Saúde, em 27 de julho de 2022. Na ocasião, Queiroga comparou defensores da descriminalização das drogas a “vermes” e sugeriu que essas pessoas deveriam ser eliminadas.
“O Arnaldo [Correia, secretário do ministério] falou que o uso de drogas é uma das causas mais prevalentes da hepatite C. Nós somos contra o uso de drogas, embora haja pessoas que estão defendendo isso: liberação das drogas. Para esses vermes, nitazoxanida. Talvez mate essa gente”, disse o ex-ministro.
A referência de Queiroga ao vermífugo nitazoxanida, parte do polêmico “kit Covid” promovido pelo governo Bolsonaro.
A censura ética recebida é a sanção mais severa possível para um ex-ministro.
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