Monteiro, a maior cidade do Cariri paraibano, está sendo acusada de dar um calote na Construtora Construplam Ltda., o que teria resultado na exclusão do município do recente pacote de benefícios anunciado pelo Governo Federal. A Prefeitura de Monteiro não pagou uma dívida com a construtora, que foi contratada para a reforma do Parque de Exposição Agropecuário, conhecido popularmente como “Parque Dejinha de Monteiro”, local onde se realiza o São João Da cidade.
A Construtora Construplam Ltda. venceu o Processo Licitatório nº 101/2021 da Prefeitura de Monteiro para construir o piso do Parque de Exposição Agropecuário, com um valor acordado de R$ 308.688,09, a ser pago em parceria entre o Governo Federal e a prefeitura. No entanto, apenas a parte do Governo Federal, R$ 228.727,32, foi paga, deixando um saldo devedor de R$ 79.960,77 de responsabilidade da prefeitura.
A dívida foi formalmente protestada em cartório, mas, apesar de várias tentativas de acordo, a Prefeitura de Monteiro não conseguiu quitá-la, levando a empresa a recorrer ao Poder Judiciário.
A inadimplência da Prefeitura teve sérias repercussões e inseriu o município no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados (CADIN). O Governo Federal anunciou recentemente um pacote de obras e benefícios para 110 municípios paraibanos, incluindo 207 projetos nas áreas de saúde, educação, esporte e cultura. No entanto, devido à dívida não paga, Monteiro foi excluída dessa lista de beneficiários.
A exclusão representa um duro golpe para a cidade e seus moradores, que agora ficarão sem os investimentos federais. A situação revela a fragilidade da administração financeira municipal e a urgência de resolver as pendências para que Monteiro possa voltar a ser elegível para futuros programas e benefícios do Governo Federal.
A crise em Monteiro destaca as consequências da má gestão financeira e a importância de honrar compromissos contratuais, especialmente com fornecedores críticos para o desenvolvimento da infraestrutura local.
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