Ao NinjaCast, Padre Albeni revela como ganhou o apelido que o acompanha até hoje e a superação de sair de uma vida de pobreza para ser um dos jornalistas mais renomados da PB; confira

Em mais um episódio do NinjaCast, o renomado jornalista paraibano Albeni Galdino, carinhosamente conhecido como Padre Albeni, compartilhou uma fascinante jornada de vida. Nascido em Patos, no sertão da Paraíba, Padre Albeni contou como o apelido que carrega até hoje, embora não faça parte do clero, surgiu de sua experiência no seminário e de seus primeiros passos na carreira de comunicador.

Em 1969, muito jovem, Albeni ingressou no seminário menor em Patos com a intenção de se tornar padre. “O seminário é a escola que prepara padres. Eu entrei em 1969, e, dois, três anos depois, pedi ao bispo para fazer um programa de rádio”, relatou. Naquela época, a igreja local era proprietária da Rádio Espinharas de Patos, uma das únicas duas estações de rádio da região, o que conferia um imenso poder de comunicação.

Albeni começou com um programa de apenas 10 minutos, onde tocava músicas religiosas, especialmente os LPs do Padre Zezinho, vindos de São Paulo. “Era um sucesso. Poucas pessoas tinham televisão em casa naquela época”, lembrou. O programa logo se expandiu para uma hora, das 18h às 19h, ganhando uma audiência fiel e consolidando seu apelido de “Padre” na comunidade, uma alcunha que se originou mais do rádio do que do seminário.

Após oito anos de seminário, a vida de Albeni tomou um rumo inesperado quando foi expulso do seminário porque o pegaram com uma menina. Sem perspectivas claras, encontrou uma oportunidade no Jornal União, onde começou como correspondente.

A trajetória de Albeni no jornalismo decolou. “Eu já entrevistei cinco presidentes da República e fiz reportagens fora do país”, destacou. A dedicação e o talento o levaram a ser um dos jornalistas mais condecorados da Paraíba.

Albeni ainda explicou que sua entrada no seminário foi motivada por uma busca por estabilidade alimentar e educacional, coisas que faltavam em sua casa. “Fui porque lá tinha três coisas que não tinha na minha casa: café, almoço e jantar. Quando tinha café em casa, não tinha janta”, contou. A experiência no seminário, apesar de não ter resultado na vida sacerdotal, proporcionou-lhe uma educação sólida e contatos que foram fundamentais para sua carreira.

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