• quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Nos meandros da polarização política, onde extremos se chocam em uma arena digital fervente, o ex-deputado federal Julian Lemos, que possui uma trajetória marcada por uma participações ativa na política, agora revela uma mudança de perspectiva. Em uma declaração recente, ao CasArretado, ele ressaltou sua busca por uma abordagem mais equilibrada, enfatizando a importância de proteger sua família dos tumultos políticos.

“Devido à minha forma de ver a vida, muito mais maduro hoje. Primeiro, você tem que ver onde você está colocando seu tempo hoje, que é seu ativo mais precioso”, expressou Lemos. Em um mundo onde as linhas entre vida pública e privada muitas vezes se desvanecem, Lemos aponta para um equívoco comum daqueles ‘fanáticos’ pela política: o sacrifício das relações pessoais em prol de ativismos políticos apaixonados.

“Eu vejo pessoas que talvez não façam referência à sua esposa, à sua mãe, que não dê tanta atenção à sua família, como as pessoas se dedicam a fazer isso de forma ativista com relação à política, é um equívoco, não vale a pena. Quem tá falando aqui é um ex-deputado federal, alguém que sabe o que está dizendo, não coloque sua energia para a política, pelo contrário, tire a emoção disso porque a emoção vem vinculada a uma paixão, a paixão cega” disse.

O ex-deputado argumenta que a emoção inerente à política pode cegar as pessoas, tornando-as intolerantes e incapazes de diálogo civilizado. “As pessoas têm se tornado insuportáveis”, ele lamenta, observando a prevalência de um “gatilho emocional” constante que dificulta até mesmo as conversas mais simples.

Embora reconheça seu passado político e seu desejo contínuo de contribuir para a conscientização política, Lemos adota uma postura mais reservada em relação ao engajamento direto. Ele enfatiza a importância de ajudar os eleitores a pensarem de forma crítica, sem se deixarem engolir pela voracidade do cenário político atual.

“Eu fiz parte, eu fui interessado na política porque tinha mandato, até hoje eu quero sair mas, aí às vezes tou numa festa, aí chega alguém com a energia que não bate comigo porque não é a hora, eu não quero saber disso. Se eu puder ajudar o eleitor a pensar corretamente, se eu puder ajudar o eleitor a estar se envolvendo na política mais sem ser engolido pela política, eu farei. Além do dever moral que eu tenho, de lutar contra uma face, uma mentira, que eu vejo que está tentando iludir o meu próximo”, concluiu.

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