• quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Nesta quinta-feira (30), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba encaminhou pareceres desfavoráveis ao pedido de revogação da prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho e Jannyne Dantas, ex-diretora do Padre Zé. Além disso, o Gaeco também se opôs à tentativa da defesa de Egídio de nomear uma equipe de assistentes técnicos para avaliação mental do sacerdote.

Os documentos, obtidos pelo Blog Wallison Bezerra, serão agora avaliados pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba.

Quanto à manutenção da prisão preventiva, a defesa alegou que a decisão inicial se baseou em uma “suposta descontextualização da prova consistente em print de conversa de WhatsApp e a ausência de elementos concretos quanto à gravidade das condutas supostamente praticadas”. No entanto, o Gaeco afirmou que tal argumento carece de fundamentos, ressaltando que a decisão de prisão preventiva foi coesa, lúcida e harmônica, sem apresentar contradições internas que justifiquem a revisão.

Adicionalmente, a defesa argumentou que o Padre Egídio é responsável pelo cuidado de familiares idosos e possui comorbidades. Os promotores contestaram, sugerindo que há outros membros da família aptos a assumir tal responsabilidade. A conclusão do Ministério Público foi pela manutenção da prisão preventiva de Egídio de Carvalho Neto, salientando que as circunstâncias específicas do caso não justificam a substituição por prisão domiciliar.

No que diz respeito ao pedido de acompanhamento por uma equipe de assistentes técnicos para avaliação mental do Padre Egídio de Carvalho, o Gaeco argumentou que não existem elementos que justifiquem tal perícia antes da oficial e a nomeação de assistentes técnicos para analisar vestígios materiais da infração.

A defesa do religioso levantou a preocupação de que a manutenção da prisão preventiva poderia representar riscos à sua saúde mental e física. No entanto, o Gaeco rebateu essa tese, enfatizando que o sistema prisional brasileiro, apesar das dificuldades, dispõe de mecanismos e instâncias administrativas responsáveis por garantir a integridade física e psicológica dos detentos.

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