Contra x a favor: indicação de Dino ao STF expõe divergência de opiniões entre deputados na ALPB; Hervázio apoia, já Walber rechaça

Em uma terça-feira marcada por intensos debates na Assembleia Legislativa, as opiniões dos deputados estaduais Hervázio Bezerra e Wallber Virgulino divergem consideravelmente em relação à indicação do Ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto Hervázio enaltece o currículo de Dino, ressaltando a aceitação entre os ministros do STF, Wallber expressa preocupações, acusando o presidente Lula de estratégias de poder. A questão se torna central nas discussões políticas do momento.

Hervázio Bezerra: “Currículo belíssimo e aceitação no STF”

Na visão do deputado estadual Hervázio Bezerra, a indicação de Flávio Dino para o STF é uma escolha acertada. Em declarações feitas nesta terça-feira (28), Hervázio destacou o “currículo belíssimo” do atual Ministro da Justiça e sua ampla aceitação entre os membros do Supremo. O parlamentar acredita que a nomeação de Dino é uma decisão que passará facilmente pelo Senado, dada a sólida trajetória do indicado na magistratura e sua atuação no Senado Federal.

Segundo Hervázio, Flávio Dino está devidamente preparado para assumir o cargo no STF e representa uma escolha que transcende as barreiras partidárias. “Essa indicação vai passar fácil no Senado, porque é entendimento de todos que Dino é um nome de destaque e impõe respeito por onde passou, seja na magistratura, no Senado Federal e agora como ministro de Lula”, afirmou o deputado.

Wallber Virgulino: “Estratégia de Perpetuação no Poder”

Em contrapartida, o deputado estadual Wallber Virgulino criticou veementemente a indicação de Flávio Dino para o STF. Em suas declarações, Virgulino aponta a escolha de Lula como parte de uma estratégia para consolidar seu poder, utilizando o sistema judiciário como meio de perseguir adversários políticos. Para o parlamentar, a presença de Dino no Supremo não seria benéfica para a política brasileira como um todo.

“Lula busca uma perpetuação no poder, utilizando o sistema judiciário como instrumento para neutralizar seus adversários e exercer sua vontade no Brasil. Isso não é salutar para a política nacional, independentemente da orientação ideológica, sendo prejudicial ao país”, destacou Wallber Virgulino. Ele enfatizou a ideia de que o presidente pretende se ‘blindar’ de maneira efetiva, construindo uma espécie de fortaleza para se destacar em qualquer cenário político, prejudicando até mesmo o Partido dos Trabalhadores (PT).

À medida que a indicação de Flávio Dino avança nos debates legislativos, a divergência de opiniões entre os parlamentares reflete a complexidade política do momento, colocando em destaque questões fundamentais sobre o papel do Judiciário e as estratégias políticas em jogo.