Em comemoração ao mês da visibilidade do autismo, a Prefeitura de João Pessoa realiza o ‘Piquenique Inclusivo’ no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), nesta quinta-feira (20). O evento, que começa às 14h, é realizado por meio da Fundação Cultural (Funjope), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e a Associação Paraibana de Autismo (APA).
Com o objetivo de proporcionar uma experiência diferente e de interação social, o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, destaca o trabalho inclusivo da gestão. Ele diz que esta tarde de convivência com outras crianças faz parte de uma extensão do ‘Somos Capazes’, desenvolvido pela Prefeitura e que abarca diversos outros projetos na área.
“A nossa ação de inclusão social por meio da arte e da cultura é permanente. Fazemos isso há um ano e seis meses com a ‘Tardezinha Inclusiva’ no Centro Cultural de Mangabeira. Tem oficinas de musicalização e de dança, várias crianças autistas e outras ações de inclusão. Esse piquenique é revestido de um caráter especial. É um momento em que as crianças vão poder focar em um processo de aprendizado diretamente com a natureza sem perder seus vínculos e suas relações com as famílias e com as culturas que a gente já vem desenvolvendo”, comentou Marcus Alves.
“Nós ficamos muito satisfeitos com esse reconhecimento da Bica como um espaço propício às atividades inclusivas. A beleza do espaço, com sua abundância de plantas e animais e sua atmosfera tranquila oferece um ambiente agradável e relaxante para todas as crianças. Aqui contamos com a presença de muitas famílias, o que proporciona oportunidade para as crianças com autismo desenvolverem suas habilidades sociais e interagirem com outras pessoas”, acrescentou o diretor do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, Rodrigo Fagundes.
Para a presidente da Associação Paraibana de Autismo (APA), Hosana Carneiro, este momento de contato com a natureza é uma oportunidade para toda a família de vivenciar uma experiência nova.
“O contato com a natureza traz paz. A gente entende que tanto as pessoas típicas e neurotípicas gostam também. As pessoas típicas passeiam mais, têm mais contato com o que é concreto. Como psicopedagoga, digo que é importante sair do papel. Muitos autistas falam ‘vaca’, mas não sabem o que é uma, também dizem ‘leão’, mas não conhecem um. A gente está dando a oportunidade para famílias que, provavelmente, nunca conheceram a Bica, de fazer esse momento muito especial”, explicou Hosana.
Programação – A criançada vai se divertir com muita contação de histórias com Dona Creuza, assistir às mágicas de Smith Masak, também terão momentos de recreação e brincadeiras, sob os cuidados dos palhaços Kika e Baba Baby, além de apresentação do músico Rafael Star, do grupo ‘Tá Blz’, e do personagem Mickey Mouse. Na área do lago, as crianças terão a oportunidade de acampar, uma experiência que será proporcionada pela Cabana Bakana JP.
“Tem muita mãe ainda que sente o luto, aquela vergonha, a não aceitação do filho ser autista. Quando você consegue proporcionar um momento como esse, onde a mãe chega lá e vê que tem outras mães de filhos autistas, ela se sente mais acolhida e incluída. É um momento onde a família se sente acolhida. É o que chamamos de ‘grupo de iguais’. A criança não será o centro das atenções”, finalizou Nik Fernandes, colaboradora do projeto e mãe de autista.
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