• quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Apresentação ocorrerá em outubro, em João Pessoa, no Teatro Pedra do Reino

Os Paralamas do Sucesso são uma das mais importantes bandas da história da música brasileira
e latina. Com 38 anos de carreira, 27 discos lançados, dezenas de sucessos e incontáveis shows
pelo Brasil e pelo mundo, o grupo segue na estrada, influenciando novas gerações e arrebatando
plateias de todas as idades.


Em 2020, o trio formado por Herbert Vianna (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone
(bateria) dá início a um novo espetáculo, “Paralamas Clássicos”, em que olham para a própria
história sob o filtro dos sucessos absolutos. No palco junto com eles, estão os três músicos que
acompanham a banda há décadas: João Fera (teclados), Monteiro Jr. (saxofone) e Bidu Cordeiro
(trombone).


A banda selecionou 33 faixas que sobrevoam as quase quatro décadas de carreira, numa viagem
que começa pelo disco de estreia, “Cinema Mudo” (1983), e passa pelo mais recente álbum,
“Sinais do Sim” (2017). O trajeto entre um ponto e outro é a história dos Paralamas contada em
forma de música.


Estão lá, por exemplo, as canções políticas que nos ajudam a entender a história recente do
Brasil: “Alagados”, “O Beco”, “Perplexo”, “O Calibre”. Também não faltam músicas que cantam
o amor em suas mais diversas facetas, como “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados”, “Aonde Quer
Que Eu Vá”, “Seguindo Estrelas”. Fora “Vital”, “Óculos”, “Ela Disse Adeus”, faixas tão peculiares
quanto atemporais.


O repertório estrelado de “Paralamas Clássicos” é também um passeio pela variedade rítmica
do grupo, certamente a formação que mais misturou gêneros musicais no país. É possível ver a
influência do rock inglês no começo da carreira (“Fui Eu”, “Mensagem de Amor”), do reggae e
do dub (“A Novidade”, “Melô do Marinheiro”), do requinte pop que se destacou na produção dos
anos 90 (“Tendo a Lua”, Busca Vida”), o diálogo com a música latina (“Trac-Trac”, “Lourinha
Bombril”)…


É também a chance de testemunhar três músicos excepcionais que, a despeito da longa lista de
serviços prestados, continuam produzindo uma das performances ao vivo mais vigorosas de que
se tem notícia.


Em “Caleidoscópio”, por exemplo, é impactante assistir a Herbert Vianna tocando guitarra e
dirigindo a canção através de solos com sotaque blues. Vale focalizar João Barone em “O Beco”,
apenas um entre os muitos momentos do show em que sua destreza salta aos olhos. Ou
acompanhar o grave absurdo que sai do baixo de Bi, fazendo a cama sonora do show do início
ao fim.


Em 2023, ao completar 40 anos de carreira, os Paralamas escolhem comemorar onde mais se
sentem em casa: nos palcos, transformando cada show em uma nova festa de aniversário, não
importa se numa praça do interior ou no festival Lollapalooza – onde, aliás, o show dos Paralamas
foi eleito um dos melhores de todo o festival, tanto pela crítica quanto pelo público. E aí nada
melhor que a turnê da vez seja justamente a “Paralamas Clássicos”, que traz os hits dessas 4
décadas e algumas surpresas.


Muito mais do que um show, “Paralamas Clássicos” é a história de uma paixão que se renova:
da banda pelos palcos, do público pela banda, e de ambos pela obra.

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