Com atraso, FPF envia nota e mostra conivência com agressões de dirigentes do Botafogo-PB contra jornalistas no Almeidão

Só no início da tarde desta segunda-feira (20), mais de 24h após o ocorrido, é que a Federação Paraibana de Futebol emitiu uma nota em que trata das agressões proferidas por dirigentes do Botafogo-PB contra jornalistas da CBN e Rádio POP FM após a partida contra o Sousa, pela 1ª rodada da semifinal do Campeonato Paraibano de Futebol. O jornalista Fábio Hermano, da Rádio CBN, relatou que foi abordado pelo empresário Breno Morais por conta de um comentário técnico sobre o lateral esquerdo Léo Campos. O comunicador havia dito que a escalação do atleta seria arriscada o jogo.

Na nota, assinada pela presidente Michelle Ramalho, a FPF praticamente coloca a mão na cabeça do Botafogo, o que praticamente mostra conivência para novos incidentes, tendo em vista que ela não defendeu, em nenhum momento, apuração ou punição para diretoria do Belo.

Leia a nota completa: 

“Dentro do mundo esportivo, as opiniões emitidas por jornalistas referente ao comportamento e desempenho de atletas, comissão técnica, árbitros, dirigentes, enfim, em relação à todos os todos que, de alguma maneira, participem do esporte, nada mais é que exercício da liberdade imprensa, pois as críticas e as opiniões negativas merecem a mesma proteção que as opiniões positivas e os elogios, sendo justamente essa a essência da liberdade de imprensa dentro de um ambiente democrático.

Assim, tais liberdades não podem ser tolhidas sob qualquer aspecto. É dizer, em uma democracia saudável, a liberdade de expressão deve ser plena, assim como a liberdade de imprensa, por se tratar de um direito fundamental de todo cidadão, não apenas o direito do jornalista em emitir a sua opinião livremente, mas também dos destinatários dessa opinião, os ouvintes, leitores e telespectadores, que também têm o direito de que tais opiniões sejam emitidas e que cheguem até eles.

Portanto, lamentamos o incidente ocorrido no Estádio “O Almeidão” no último sábado dia 18 de março após a partida entre Botafogo x Sousa, onde jornalistas tiveram tolhidos suas garantias e o direito fundamental à liberdade de imprensa”.