• sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Sem escapatória. Por decisão do ministro Alexandre de Morais, pelo menos cinco políticos paraibanos tiveram seus nomes incluídos em inquéritos que investigam os crimes ocorridos durante os atos de depredação das sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

A decisão do ministro acolhe um pedido da Procuradoria Geral da República.


Na decisão, Moraes determinou a apuração das condutas do deputado estadual Walber Virgolino, da vereadora Eliza Virgínia, do deputado federal Cabo Gilberto Silva e do comunicador Nilvan Ferreira, por autoria intelectual ou instigação dos atos cometidos no dia 8.

A Polícia Federal tem agora 15 dias para ouvir os paraibanos envolvidos na ação. Quanto à ex-primeira dama Pâmela Bório, Moraes decidiu aprofundar a investigação quanto ao envolvimento da mesma no núcleo de executores materiais dos supostos atos criminosos.

Em relação ao deputado federal Cabo Gilberto, a decisão determina o encaminhamento de cópia da representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar sua conduta, uma vez que detém foro privilegiado por prerrogativa de função.

Inicialmente, o PSOL solicitou a prisão preventiva dos paraibanos, além da suspensão do acesso deles às redes sociais mediante o bloqueio de cada um dos representados, mas a PGR não concordou com os pedidos. Com a decisão, haverá o aprofundamento das investigações.

Moraes afirmou em sua determinação: “Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República, e DETERMINO: (a) a juntada de cópia da presente representação aos autos do Inquérito nº 4921, com o objetivo de apurar as condutas de WALBER VIRGOLINO, NILVAN FERREIRA, ELIZA VIRGINIA e GILBERTO GOMES DA SILVA por autoria intelectual ou instigação dos atos cometidos no dia 8/1/2023; (b) a juntada de cópia da representação aos autos do Inquérito nº 4922 para aprofundar a investigação quanto ao envolvimento de PÂMELA BÓRIO no núcleo de executores materiais dos atos criminosos; (c) o encaminhamento de cópia da representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar a conduta do Deputado Federal GILBERTO GOMES DA SILVA. (d) à Polícia Federal que, no prazo de 15 (quinze) dias, proceda à oitiva de todos os representados. À Secretaria para as providências. Comunique-se à autoridade policial. Ciência à Procuradoria-Geral da República. Publique-se. Brasília, 16 de março de 2023”.

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