Não é de hoje que o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) tem a fama de trair seus aliados no momento em que o cenário político não pende para o seu lado.
Desde que entrou no mundo da política, RC coleciona desafetos e adversários, muitos deles feitos após rasteiras do ex-governador.
Foi assim com por duas vezes com o ex-senador José Maranhão, falecido em decorrência da covid-19.
Também foi assim quando detonou com à candidatura a reeleição de Luciano Agra, também já falecido, à PMJP, trocando ele por Estela Bezerra, que acabou derrotada em 2012.
E não parou por aí. Ricardo também articulou a chegada do ex-senador Cássio Cunha Lima ao seu projeto e venceu a eleição para governador, mas logo no pleito seguinte deu uma rasteira no tucano.
Já em 2014, o próprio Luciano Cartaxo já havia caído no ‘canto da sereia’ entoado por Ricardo, emprestando o nome do irmão Lucélio para compor a chapa majoritária.
Posteriormente, Ricardo também teve desavenças e rompeu com o governador João Azevêdo por esse não aceitar baixar a cabeça para tudo que ele queria. Também rompeu com o deputado federal Gervásio Maia.
De volta ao PT, RC tenta novamente comandar com mãos de ferro, não aceitando outra opinião que não seja a sua, agora aliado com Veneziano, que inclusive havia saído do PSB quando o ex-governador ainda fazia parte dos quadros, por conta de desavenças com ele.
Agora Ricardo atraiu novamente Cartaxo para a sigla e, na reta final das definições para as eleições deste ano, dá mais uma vez com a porta na cara do ex-prefeito de João Pessoa, não aceitando nem para o debate, alguma opção indicada por ele para compor a chapa.
Nos bastidores há quem diga que falta de aviso não foi. Que Cartaxo já havia passado por situações tão constrangedoras quanto e que agora teria aceitado ser desprestigiado e ficar calado.
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