Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço? Dissidência do MDB Nacional, Veneziano não poderá cobrar fidelidade de correligionários na Paraíba

De olho na popularidade do ex-presidente Lula (PT), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) decidiu abrir dissidência e ignorar qualquer orientação da nacional do MDB sobre a corrida presidencial e já avisou que apoiará à recondução do petista ao Palácio do Planalto nas eleições desse ano.

É que os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania informaram que anunciarão em 18 de maio o nome de um “candidato de consenso” para a disputa da Presidência da República – que não é Lula. A informação foi dada em nota assinada pelos presidentes dos quatro partidos — Luciano Bivar (União Brasil), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania).

Nos bastidores, o MDB cogita lançar a senadora Simone Tebet como candidata do partido para a sucessão presidencial – nome que Veneziano não apoia.

A insubordinação de Veneziano à orientação da sigla, no entanto, pode abrir margem para possíveis dissidência na Paraíba, sem que haja nenhum tipo de retaliação.

É que como Veneziano não segue a orientação da nacional, na Paraíba, os filiados também deverão se dar ao direito de não apoiar o MDB na corrida estadual.

Nessa ótica, a política do faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço não se sustentará.

Vale lembra que o nome de Veneziano além de encontrar resistência dentro do MDB, também enfrenta rejeição entre petistas. Alas de ambos preferiram seguir em apoio à reeleição de João Azevêdo (PSB) a mudar o percurso no ano da eleição.