• terça-feira, 15 de outubro de 2024

O clima na Granja Santana não é de bons amigos quando o assunto é o vereador de João Pessoa, Bruno Farias (Cidadania).

O descontamento com o parlamentar foi iniciado com a disposição dele de não seguir o governador João Azevêdo rumo ao PSB. A tensão se tornou maior após circularem informações pelo Palácio da Redenção de que o vereador se encontrou, às escondidas, com o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB).
Em entrevista recente à Rádio Pop, de João Pessoa, escancarou o desejo de permanecer no Cidadania, mesmo com a saída do grupo que o ajudou a se eleger. A leitura do núcleo político próximo ao governador é que Bruno é cria e tem laços familiares com o grupo Cunha Lima. E como o Cidadania está construindo uma federação com o PSDB, que é comandado por Pedro na Paraíba, Bruno apenas volta para casa. Pedro, vale lembrar, é candidato ao governo contra João.

O movimento de Bruno despertou desconfianças também no Paço Municipal, a ponto de a liderança do governo nas mãos dele, na Câmara de João Pessoa, já não ser dada como certa. Informações de bastidores indicam que o prefeito Cícero Lucena (PP) nutria desconfiança com o parlamentar desde o início do mandato, mas acabou aceitando a indicação dele para a liderança por ele ser do Cidadania, antigo partido do governador.
Há leituras no Paço Municipal de que a situação de Bruno é insustentável.

A bancada aliada de Cícero por várias vezes se reuniu com o vice-prefeito, Léo Bezerra (Cidadania), e com o chefe de Gabinete, Diego Tavares, para se queixar do comportamento do líder. Um vereador dono de vários mandatos, ouvido pelo blog, disse ter achado estranho Bruno ter entregue ao vereador Carlão do Bem (Patriota), aliado de Nilvan Ferreira (PTB) e Wallber Virgolino (Patriota), a relatoria do orçamento.
O caminho de Bruno se choca também com a chapa majoritária do governador João Azevêdo, que poderá ter o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) na disputa pelo Senado. Não custa lembrar que Aguinaldo é aliado de primeira hora de Cícero. Com isso, causa estranheza Bruno fazer o caminho de apoio aos Cunha Lima. De novo vale lembrar que no agrupamento escolhido por ele nutre o desejo de ter Efraim Moraes (União Brasil) na disputa do Senado.

Então, como perguntar não ofende, aqui vai uma perguntinha: diante de tanta desconfiança na Granja e no Paço Municipal, Bruno vai continuar dando as cartas na liderança do prefeito na Câmara de João Pessoa?

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