No apagar das luzes das movimentações políticas, o deputado federal paraibano Wellington Roberto (PL) mudou seu posicionamento no tocante à da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Precatórios e decidiu ser favorável à matéria proposta pelo Governo Bolsonaro.
Roberto, que até então se posicionava contra, se insere no grupo dos 21 parlamentares que decidiram mudar de posicionamento ‘aos 45” do 2º tempo’ sem explicar as verdadeiras motivações para o novo entendimento.
De acordo com matéria publicada pela Folha de São Paulo, aa semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia feito um teste em plenário e a PEC havia tido o apoio de apenas 256 parlamentares —52 a menos que o mínimo necessário para aprovação de uma emenda à Constituição, que é 308.
Na madrugada de ontem, quinta-feira (4), porém, a PEC foi aprovada em primeiro turno por 312 votos, ou seja, apenas 4 a mais do que precisava.
Da semana passada houve uma forte pressão do governo e de Lira sobre deputados dissidentes, em negociações que tiveram como principal mote as bilionárias verbas das emendas orçamentárias, cuja liberação passa pelo crivo do presidente da Câmara.
Com isso, 81 parlamentares de diversos partidos que na semana passada haviam ou se ausentado ou votado contra a PEC, dessa vez cravaram apoio à medida.
As baixas contra o governo —ou seja, de deputados que apoiaram o texto na semana passada e nesta quinta (4) ou não apareceram ou votaram contra— ficou em número bem menor, 19.
A proposta aprovada em primeiro turno libera R$ 90 bilhões para Jair Bolsonaro gastar em ano eleitoral e é a principal alavanca para o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.
Do contingente de parlamentares que mudaram de posição no espaço de uma semana e passaram a apoiar a proposta do governo, os maiores destaques ficaram para o oposicionista PDT (que na Paraíba é representado pelo deputado Damião Feliciano) e para o PL de Wellington Roberto, que ao lado do PP lidera o centrão, o bloco de apoio a Jair Bolsonaro na Câmara.
O Blog tentou entrar em contato com o deputado paraibano Wellington Roberto para saber quais as motivações para a mudança repentina de postura, mas não fomos atendidos.
Sem Comentários