• quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A tese de voto impresso tem sido defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Mas, a modalidade é mais segura que o voto eletrônico. Nesta semana, durante entrevista, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Joás de Brito, fez justamente o alerta de que a adoção do voto impresso pode gerar mais suspeita do que a votação por meio de urna eletrônica.

“Se houver um travamento, o que é muito comum com impressora, nesse caso haveria a quebra do sigilo porque o técnico teria que abrir para verificar. Isso traria mais facilidade para se comprar mais votos, que é uma prática comum no Brasil, infelizmente”, alertou.

A proposta de voto impresso que tramita no Senado prevê a impressão para uma urna para que possa ser auditado em eventual contestação.

Segundo o presidente, um exemplo de confusão que poderia ser gerada seria um fiscal retirar uma cédula e o número aferido pela urna eletrônica ser diferente da contagem na urna com as impressões, além do fator humano.

“Se tiver uma pessoa ali que queira beneficiar candidato A ou B, basta ele retirar uma das cédulas que não vai bater com o voto eletrônico. Isso vai criar uma confusão e a suspeição vai aumentar”, alertou.

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