• terça-feira, 15 de outubro de 2024

A Secretaria de Planejamento de Conde (SEPLA) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH) discutiram o alinhamento entre dois projetos de suas iniciativas para beneficiar os agentes de coleta seletiva do município.

O Conde tem um projeto para os catadores, que, inclusive, foi apresentado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no último dia 10 de maio, e que conta com destinação de emenda federal para construção de um espaço apropriado para triagem e para a compra de equipamentos e de veículos apropriados para o transporte dos materiais coletados.

Um projeto da Secretaria Executiva de Economia Solidária (SESOL) da SEDH também prevê a compra de equipamentos e traz algo fundamental para o desenvolvimento da coleta seletiva: a capacitação profissional dos catadores. Conde é uma das 35 cidades da Paraíba onde o programa, que tem parceria com o Governo Federal, já iniciou.

Dez agentes de coleta seletiva da cidade já passaram pela fase de capacitação que também tem o propósito de torná-los multiplicadores do programa. Segundo o secretário da pasta, o gestor público Márcio Simões, a SEPLAN busca corrigir a doação ilegal de um terreno privado, por parte da gestão recém findada.

“Nos falta apenas o terreno apropriado, que seja central e em local de fácil acesso, para iniciarmos a construção de uma usina de triagem. Infelizmente, o terreno que havia sido doado pela gestão anterior era de propriedade privada, o que faz com que aquela doação seja ilegal”, informou Márcio. “Isto não será empecilho. Providenciaremos um novo espaço. Nossa meta é ser referência em coleta seletiva e vamos construir isso com os governos estadual e federal, juntamente com os catadores do Conde”, concluiu.

Em reunião na SESOL, alinhou-se a unificação dos projetos, o que revolucionará a coleta seletiva na região. Uma série de ajustes na legislação municipal para viabilizar e fomentar essa modalidade de coleta de resíduos também está na pauta e a equipe técnica da SEPLAN tem trabalhado nisso, segundo o secretário.

O alinhamento foi feito com a gerente executiva de economia solidária do Estado, Letyssia Soares, a gerente operacional de economia solidária e resíduos sólidos, Helga Chaves, e com a assistente técnica SESAES/SEDH, Jamila Silva.

Dados do Brasil Escola indicam que há quase 1 milhão de catadores em todo Brasil. Estes agentes prestam um relevante trabalho para o meio ambiente e para a sociedade, embora pouco reconhecidos e muito discriminados. Apesar de serem muitos, o desafio é dar unidade a uma classe dispersa em razão da cultura do trabalho individual que impera. A SEPLAN e a SEDH buscam superar tal cultura investindo na coletividade, no associativismo e no cooperativismo.

Os órgãos iniciaram o compartilhamento de informações e vão buscar o apoio de outros setores do Estado para a concessão de um terreno para implantar o projeto o mais rápido possível.

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