• quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O deputado federal paraibano Wellington Roberto (PL) aparece entre os parlamentares contemplados com o orçamento paralelo criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ganhar a “fidelidade” do Centrão. O caso foi exposto pelo jornal O Estado de São Paulo no fim de semana e mostra gasto de R$ 3 bilhões do Planalto com as indicações de parlamentares. O caso também guarda semelhanças com o escândalo dos “Anões do Orçamento”, exposto na década de 1990.

Nesta terça-feira (11), no entanto, o parlamentar paraibano sentiu o golpe e chegou a dizer que a matéria está longe de ter semelhanças com atos corruptivos de outrora como o mensalão ou o petrolão.

“É diferente de mensalão, de petrolão. Ali sim que é roubo. Agora você fazer dentro de um orçamento que é votado para as duas casas, orçamento transparente, de uma forma brilhantina para beneficiar estados e municípios? Eles estão achando o quê? Vão trabalhar, rapaz!!”, bradou.

De acordo com o parlamentar, que teria indicado gastos no valor de R$ 80 milhões nesse orçamento paralelo, as pessoas que o criticam praticam uma política pautada pelo falso moralismo.

“Uma política marrom, recheada de falsos moralismos. A minha vida é pautada no trabalho, principalmente a vida pública. Sempre fizemos ações direcionadas do Governo Federal para beneficiar os municípios e aqueles que realmente precisam, dentro dos seus municípios, receber alguma coisa através dos seus agentes públicos, ou seja, dos prefeitos. Agora, se aqueles que não trabalham estão incomodado é problema deles”, afirmou. As falas dele foram registradas do programa ‘Arapuan Verdade’, da Rádio Arapuan FM.

ENTENDA O CASO

De acordo com o levantamento publicado pelo Estadão, Wellington Roberto indicou gastos de R$ 80 milhões no orçamento informal e sem transparência. Isso sem contar as emendas no orçamento formal, a que todos os parlamentares têm acesso de forma igualitária. O montante indicado pelo paraibano, no entanto, está longe do topo do ranking. O ex-presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), teve R$ 277 milhões em emendas.

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