• sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Mal iniciou o primeiro mês de mandato, a nova prefeita do município de Conde, Karla Pimentel (PROS) já entrou na mira do Ministério Público de Contas. Um pedido feito pela Força Tarefa do Patrimônio Cultural do órgão quer explicações da gestores sobre o porquê de ter removido um monumento na entrada da cidade, conhecido como “Árvore dos Novos Ventos”.

No local d“A Árvore dos Bons Ventos” foi instalada uma âncora e, por isso, o MP solicitou esclarecimentos à prefeitura. Agora a gestão de Karla deve esclarecer os seguintes pontos:

– A situação e o estado de conservação do bem cultural retirado;
– A motivação e justificativa técnica para a retirada da obra;
– A manifestação do artista autor da obra;
– Quais as cautelas adotadas para evitar danos ao bem cultural enquanto ela não estiver no seu local habitual;
– Qual o local de sua guarda temporária, o prazo que deverá durar a restauração e qual o prazo para a sua reinstalação;
– O procedimento adotado para aquisição do novo bem (a âncora) que substituiu com auditoria dos valores eventualmente despendidos;
– Quais os custos envolvidos na retirada.

Na cidade, a informação é de que a retirada do monumento teria acontecido como uma espécie de promessa de campanha ao padre Luciano Lustosa, que inclusive fez um agradecimento à prefeita Karla Pimentel por ter removido o monumento que ele afirmava ser a “Árvore do mal”

O padre faz coro a crendices de que a obra de arte teria ligação com uma “seita satânica”.

Padre Luciano já chamou atenção durante a campanha eleitoral no ano passado por ter sido conduzido à delegacia, após ordenar a pintura do cruzeiro em frente à igreja do município. O religioso alegou, à época, que estava sendo perseguido e que era vítima do “autoritarismo de uma gestão comunista”.

A então prefeita, Márcia Lucena, negou que tivesse determinado a condução coercitiva do padre e declarou que não sabia da prisão. “Não mandei prender ninguém, eu nem sabia”, alegou.

OUTRO LADO

A prefeitura municipal informou que a remoção do trabalho do artista plástico Wilson Figueiredo, foi feita para manutenção, pois a peça apresentava pichações e deteriorações, já respondendo algumas das questões do MP de Contas.

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