O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), mostrou preocupação com relação a discussão política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) em torno da vacina fabricada pelo Instituto Butantã, a Coronavac, e que pode estar disponível para aplicação já em janeiro de 2021.
“A discussão política, infelizmente, fica em torno da vacina do Butantã, que é a vacina que teria disponibilidade mais rápida. Em janeiro teriam 46 milhões de doses que a gente poderia começar a vacinação da população. Percebe-se nitidamente que há uma disputa política. Para quem assistiu a declaração pública do ministro, ele fala em todas as vacinas e não cita sequer a do Butantã e isso demonstra claramente que há uma disputa política sim”, lamentou.
João foi mais além e considerou a atitude do governo federal em não considerar a produção como inconsequente. “Será uma atitude absolutamente inconsequente se nós não considerarmos que existe a disponibilidade da vacina Coronavac liberada já em janeiro e que por questões políticas essa vacina não seja aplicada na população”, ressaltou.
O governador destacou ainda que, para a Paraíba, não haverá distinção de origem de produção, mas sim de eficácia. “O que eu tenho dito há muito tempo é que eu não me importo de onde vem a vacina, vacina não tem partido político, vacina não é de direta nem de esquerda, o que interessa é que ela tenha eficácia, e é isso que estamos buscando”, emendou.
Apesar das ponderações, o governador acredita que o governo federal tende a avançar na compra das duas outras vacinas, a de Oxford e as do Consórcio, que já têm garantidos recursos para aquisição. “Tenho certeza de que o governo federal vai nessa direção. Já com relação a do Butantã, eu tenho minhas dúvidas”, arrematou.
As declarações do governador repercutiram em entrevista à rádio CBN João Pessoa.
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