“Estou defendendo uma Casa independente capaz de dar estabilidade ao país”. A declaração é do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) ao negar qualquer tipo de impasse na eleição pela presidência da Câmara dos Deputados diante de sua decisão de deixar a disputa.
Aguinaldo ressaltou que recebeu apoios de grandes partidos, a exemplo do PSL, do PT, do PDT, PCdoB entre outros, e teve o nome cotado não por vontade própria, mas sim porque foi apontado como opção, mas diante da demora para se decidir, ele julgou não ser o momento para embates e sim de consensos, por isso deu um passo atrás para que o país pudesse dar um passo a frente.
O parlamentar também ressaltou o fato de ter outro postulante do mesmo partido na disputa, ainda mais sendo colocado como candidato da presidência da República pesou. Ele acredita que o parlamento é independente, e não pode ter o executivo interferência nessa decisão de quem comandará a Casa.
“Eu estou absolutamente tranquilo, em tudo que entro é com convicção de que Deus está no controle. Segundo que uma candidatura, qualquer candidatura, não pode ser imposição, ela é construída, e na Câmara foi da mesma forma. E graças a Deus meu nome chegou não foi porque me lancei candidato, nosso nome chegou de forma espontânea, sem partido. E eu tenho minhas convicções. No Brasil temos que cumprir a Constituição mantendo a independência, a autonomia e a harmonia entre os poderes e essa sabedoria é para buscar o equilíbrio, preservando a democracia. Nesse sentido eu me posicionei fazendo a defesa da Casa. Eu tinha algumas dificuldades, como um sujeito sozinho se viabiliza candidato, se seu partido já tinha um candidato. Foram os desafios vencidos a cada dia. Tive sempre relação de respeito com todos, assim como respeito as pessoas. E esses desafios fomos vencendo. Olhe falei que estava tarde para se definir uma candidatura. Venci os obstáculos, conquistei o apoio dos dois maiores partidos, o PSL, o PT, também tivemos o apoio do PDT, do PSB, do PCdoB, e demais companheiros que emprestaram seu apoio. Fomos vencendo essas etapas. Sempre construí tudo com clareza e franqueza. Mas como não havia decidir. Entendemos que não fazia mais sentido protelar uma decisão. Entendi que esse jogo seria protelado, como está sendo. Diante da indecisão eu decidi decidir. Resolvi dá um passo para trás, para que o Brasil pudesse dar um para frente na consolidação da autonomia, da independência e democracia do país e da Casa. O deputado Baleia é alguém que tem boa relação. Já me posicionei publicamente. Estou defendendo uma Casa independente capaz de dar estabilidade ao país”, ressaltou.
Aguinaldo finalizou ressaltando que o ano é atípico e se solidarizando com as vítimas do coronavírus: “Estamos em um ano atípico para o próprio parlamento, onde tivemos que nos adequar, assim como todos os cidadão e considero que apesar de todas as dificuldades, temos que nos solidarizar com as famílias que perderam seus entes para esse vírus. É fácil ouvir negacionismo, mas a gente só sabe quando acontece com alguém mais próximo, por isso que respeito Deus e também a ciência. Diante de um ano de tanta complexidade, a gente também aproveita para reforçar a união da classe para enfrentar as grandes questões e encontrar as soluções. Tem que ter o bom senso para se preservar, para não afetar de maneira tão drástica a vida econômica. É preciso ter equilíbrio”, finalizou.
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