Nesta quarta-feira (14), a Executiva Nacional do PT decidiu por 56 votos contra 23, intervir no diretório municipal do partido em João Pessoa.
Do total de aptos a votar, houveram apenas duas abstenções.
O partido agora não será mais comandado pela petista Giucélia Figueiredo. O substituto, no entanto, ainda não foi definido.
A decisão se deu após todo o imbróglio que envolve a candidatura do petista Anísio Maia e o apoio que a executiva nacional decidiu dar ao ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).
Em nota, a executiva municipal do PT considerou a decisão abrupta ao ressaltar que o partido não pertence aos dirigentes nacionais que querem terceiriza-los as escolhas pessoais do ex-governador Ricardo Coutinho.
Nota
A abrupta proposta de intervenção é uma medida autoritária sem precedentes, tomada por uma maioria política circunstancial revelando o pouco zelo destes dirigentes nacionais com o pleno funcionamento deste partido. O argumento da intervenção para construção de uma frente de esquerda na cidade é inverídico, não apenas em João Pessoa, mas em todo país as esquerdas não conseguiram construir uma unidade já no primeiro turno destas eleições.
A candidatura do companheiro Anísio Maia é construída com anuência e apoio dessa mesma direção nacional, conta com a fundamental parceria de companheiros e companheiras do PCdoB, partido que indica o nome de Percival Henriques como candidato a vice-prefeito. Não iremos aceitar o desmonte do PT de João Pessoa como tentativa de punir uma candidatura própria construída de acordo com todos os parâmetros estatutários.
O PT é o mais importante instrumento político construído pela classe trabalhadora. O partido não pertence aos dirigentes nacionais que querem terceiriza-los as escolhas pessoais do ex-governador Ricardo Coutinho.
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