Assim como aconteceu nas eleições de 2012 e de 2018, o ex-deputado federal Walter Brito Neto (MDB), pela terceira vez, tenta colocar o MDB em uma saia justa. É que depois que o partido bateu o martelo, por unanimidade, pela indicação da médica Tatiana Medeiros (MDB) para disputar a prefeitura de Campina Grande nas eleições desse ano, o ex-parlamentar reaparece no cenário político para também pleitear a vaga, mesmo sem sequer ter sido cotado pelos correligionários.
À Rádio Campina FM, Brito disse que vai tentar conseguir o posto de candidato, mas quer ser respaldado pela população. Segundo ele, o partido deverá fazer uma pesquisa para saber qual o melhor nome para representar o Movimento Democrático Brasileiro.
– Só eu tinha apresentado minha pré-candidatura no partido e agora vamos tentar chegar a um consenso. Não tem problema que ela (Tatiana) apresente seu nome também, isso é democracia, mas é importante ouvir o respaldo da população. A minha pré-candidatura continua de pé e vamos tentar conseguir isso e, se não houver consenso, podemos bater chapa nas convenções – exclamou.
O empresário disse que quer que o MDB tenha uma candidatura em oposição à atual administração e ressaltou que Tatiana Medeiros não demonstra esse papel já que o filho dela, o ex-vereador Cassiano Pascoal, faz parte da gestão Romero Rodrigues.
– Defendo novas ideias e estou combatendo os problemas que a atual gestão têm, e Tatiana tem se apresentado como aliada e o projeto dela não faz sentido. Ela não é oposição e quer uma candidatura pela ala governista. Assim, acho que, nas pesquisas, tenho condição de vencê-la. Ela não desejava disputar as eleições e foi induzida por pessoas. Não podemos deixar que o partido sirva de sublegenda – defendeu.
Essa não é a primeira vez que Brito ‘tumultua’ as decisões do MDB. Em 2012, ele e Tatiana disputaram a preferência do partido, quando o senador Veneziano findava o mandato de prefeito e tentava emplacar o substituto. Uma pesquisa, entre a população, escolheu o nome da médica para concorrer contra Romero Rodrigues.
– Quando estávamos pleiteando em 2012, o que determinou o nome foi uma pesquisa. Então, o momento é diferente. O partido não tem mais o ex-prefeito Veneziano e agora cada um passa a assumir sua densidade eleitoral. Vamos participar dessa pesquisa e ver quem é o melhor – ressaltou.
Já nas eleições de 2018 o ex-parlamentar se colocava como o segundo nome para o Senado na chapa majoritária que tinha o então senador Zé Maranhão como candidato ao Governo e o ex-governador Roberto Paulino para o Senado. Apesar da pressão, Walter Brito acabou saindo avulso, sem conseguir colar sua imagem à chapa do mestre de obras.
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