• sexta-feira, 13 de setembro de 2024

“Flexibilização atropelada”. Foi assim como o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, classificou a abertura do comércio de Campina Grande, por meio de decreto municipal.

O Governo do Estado, no mesmo dia em que o município decretou a flexibilização de outras atividades, categorizou Campina Grande como estando na bandeira laranja, aquela em que apenas os serviços essenciais poderiam continuar funcionando.

De acordo com Geraldo, os próximos quinze dias serão o estopim para o aumento considerável de novos casos do coronavírus na Rainha da Borborema, assim como de mortes.

O modelo de bandeiras coloridas, que classificam os municípios, foi possível graças a um projeto realizado nos Estados Unidos e adaptados à realidade local, além também, de ser baseado em indicadores epidemiológicos, como taxa de letalidade, que coloca a Paraíba em último lugar no Nordeste, ações do Estado na ampliação do número de leitos, testagem da população, taxa de transmissibilidade, de isolamento domiciliar, entre outras.

– Campina Grande tem a bandeira laranja e, de acordo com o planejamento, não era para abrir o comércio. Consequentemente teremos a análise disso de sete em sete dias, de forma interna, e de 15 em 15 dias, de forma externa. Essa abertura, sem estar baseada no decreto do Governo do Estado, trará maior número de casos e de mortes também, pois essa é a realidade de um vírus que tem um alto poder de transmissibilidade – contestou.

A Procuradoria-Geral do Estado, de acordo com o médico, está vigilante no cumprimento do decreto e poderá adotar as medidas cabíveis aos municípios que descumprirem as determinações via decreto estadual.

Ele ressaltou ainda, durante a entrevista concedida à Rádio Campina FM, que João Pessoa, diferente de Campina Grande, tem cumprido todos os decretos estaduais e ainda impondo outros até mais rígidos e, por isso, deve ter uma diminuição de casos e mortes para a próxima quinzena.

– Campina é diferente, porque nunca adotou as orientações sanitárias estaduais. Lembro que no início era tida até como referência, pois os números de casos eram pouquíssimos e, a partir do momento em que houve uma flexibilização, os casos dispararam e hoje a cidade é o segundo lugar com tendência a aumentar ainda mais.

Ainda na entrevista, o secretário disse que o Hospital de Clínicas, reformado para se transformar em uma maternidade para a região e, durante a pandemia do coronavírus, retaguarda com leitos de enfermaria, só deve ser preenchido, gradativamente, quando os do Hospital de Trauma estiverem lotados e quando os equipamentos e o quadro de servidores estiverem preenchidos.

– Torcemos que aquele hospital não seja ocupado para doente da Covid-19, mas pelo cenário que se aventura nos próximos 15 dias, com o aumento de casos em função da flexibilização atropelada, deverá haver esse aumento – criticou. As informações são do portal paraibaonline.

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