“Se os prefeitos não obedecerem ao novo plano de flexibilização, vamos ter que começar tudo de novo”. O alerta é do secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, que alertou os gestores sobre a necessidade de obedecer aos ditames do novo plano de flexibilização anunciado pelo Governo da Paraíba, sob o risco de terem que voltar atrás e adotar medidas mais restritivas do que antes da flexibilização.
Conforme Medeiros, a população precisa entender que este foi apenas um primeiro passo e que não pode sair à rua e achar que está tudo aberto.
“Esse processo de flexibilização é lento, gradual, baseado em dados científicos fornecidos pela Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos e se nós atropelarmos essas orientações, se os prefeitos não obedecerem ao novo plano de flexibilização, vamos ter que começar tudo de novo, porque desta forma não tem como conter o avanço do coronavírus”,alertou.
Ele destacou ainda que o Governo do Estado e o Ministério Púbico estão de olho nos municípios que pularam as bandeiras de advertência do Plano do Governo, que subsidiam o processo de liberação para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais.
“Os prefeitos têm um papel essencial nesse momento. Se houver esses atropelos das ações vamos ter a possibilidade de regular e voltar a fechar o comércio com possibilidade de haver até de um lockdown em algumas cidades, porque entrarão em colapso”, lembrou.
O secretário citou como exemplo os municípios de Santa Rita e Bayeux, localizadas na Região Metropolitana de João Pessoa, que abriram o comércio mesmo estando sob a bandeira vermelha por conta do alto índice de contaminação.
“São duas cidades que em função da atitude dos prefeitos, a população será penalizada daqui a dez ou quinze dias com número grande de casos novos notificados e infelizmente de mortes. Com certeza vão surgir processos contra esses gestores no sentido de inibir essas ações contrárias ao que reza a nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde”, avisou.
Conforme Medeiros, a batalha ainda não terminou contra o coronavírus e tudo depende essencialmente da colaboração da população a evitar aglomerações, circular pelas praias, usar máscara, respeitar o distanciamento social, larvar as mãos, entre outras medidas.
“O município que cumprir o seu dever de casa aumentará o seu processo de flexibilização, caso contrário terá que fechar tudo”, completou.
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