• quarta-feira, 23 de outubro de 2024

O vídeo com a gravação da reunião ministerial, ocorrida no dia 22 de abril, entre o presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares continua repercutindo.

Desta vez o secretário-geral do Ministério Público da União, paraibano Eitel Santiago, declarou que as gravações da reunião ministerial são como um “risco na água”.

O entendimento de Eitel é de que não aparecem, nas gravações, indícios de interferência de Bolsonaro em alguma operação em curso da Polícia Federal.

“Vi o vídeo e nele não aparece qualquer indício de interferência do Presidente em alguma investigação que esteja em curso. Sobre o tema, o vídeo é um risco na água”, disse.

O paraibano mostrou divergência ao pronunciamento do ex-procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que declarou ter visto provas da interferência do presidente.

“Penso de forma diferente. Na minha opinião, a fala de Fonteles é fruto de lamentável facciosismo político. Notório simpatizante do PT, quando era PGR, Fonteles deixou que a paixão política contaminasse a própria atuação dele na chefia do MPF. Por isso, ele impediu uma investigação logo no início do Governo Lula”, declarou.

Eitel ainda repeliu a hipótese de recolhimento do celular de Bolsonaro e comparou com outro momento em que Fachin havia negado o pedido da quebra de sigilo telefônico do ex-presidente Michel Temer.

“O ministro Edson Fachin negou, no passado, o pedido da Polícia Federal para quebrar o sigilo telefônico do presidente Michel Temer, em inquérito instaurado contra ele” concluiu.

As informações foram dadas à CNN Brasil.

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