Em meio à pandemia do novo coronavírus, as eleições deste ano no Brasil também podem passar por grandes mudanças.
A principal delas pode ser o adiamento do pleito que sempre acontece no mês de outubro.
O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que assume o cargo nesta segunda-feira (25), e resiste a adiar as eleições além de nem cogitar a prorrogação de mandatos, admitiu a possibilidade do adiamento e colocou na mão dos sanitaristas a responsabilidade sobre a informação de que se será possível ou não realizar o pleito na data estipulada.
“Quem vai bater o martelo são os sanitaristas”, afirmou Barroso.
A decisão entretanto deve acontecer por volta do final da primeira quinzena de junho, em conjunto com o Congresso.
“A prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão, foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos”, disse.
Além da preocupação com a eleição, Barroso ainda destacou ao Diário de Pernambuco, o clima de radicalização que têm tomado conta de setores da política brasileira.
“Eu vejo um país em que discursos radicais vindos de lugares diferentes. Liberaram alguns demônios que, em uma democracia, devem ficar bem guardados. Demônios da radicalização, da intolerância e da violência, esses são inaceitáveis”, declarou.
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