• quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Por conta da crise na Saúde e na Economia não só na Paraíba, mas em todo o Brasil e mundo por conta da proliferação do novo coronavírus, que vem causando milhares de mortes, alguns políticos brasileiros reascenderam a ideia de que os mandatos de quem já está eleito deveriam ser prorrogados para haver a realização de uma eleição única apenas em 2022.

Defensor desta tese mesmo antes da crise pelo covid-19 acontecer, o deputado estadual Jeová Campos reforçou a sua postura e disse acreditar que as eleições ocorrendo “ano sim, ano não” acabam por enfraquecer a democracia.

“A eleição ‘ano sim, ano não’ é muito ruim e não está fortalecendo a democracia. Na realidade, isso fragiliza o processo democrático, porque só está sendo bom para quem tem uma estrutura econômica forte e com um grupo econômico que financie essas eleições. Não é o caso dos partidos que tem uma feição mais de base e popular, que é o campo que gravita a nossa política. Por isso, sempre defendi a unificação das eleições e realização de eleições gerais, simultâneas, para todos os cargos eletivos” disse.

Apesar de manter a sua postura, Jeová declarou que o momento não é o ideal para se discutir o assunto.

“Acho que esse momento não é o de se discutir isso. Todas as atenções, agora, precisam estar voltadas para o combate à pandemia do Covid-19. É tempo de salvar vidas e os empregos. De fato, agora há um fator presente na conjuntura que não existia, que é essa pandemia do Covid-19. Até onde isso vai, quais serão as implicações econômicas e sociais que ficarão deste grave episódio de saúde, que impactou a economia mundial e também a do Brasil? Acho precipitado, neste momento, tomar essa decisão, pois não consigo enxergar se isso permitirá ter a normalidade necessária para realizarmos as eleições. Na minha percepção, esse conjunto de valores não estão claros, ainda, para se avaliar com tanta convicção”, disse Jeová.

O parlamentar ainda defendeu a realização de um plebiscito nacional caso a única opção seja prorrogar os mandatos.

“Essa consulta pública não deve se restringir à questão da prorrogação de eleições, mas, incluir também a unificação das eleições e, mais do que isso, incluir a questão do financiamento de campanha. Mas, se tivermos eleições, precisamos ter fundo eleitoral, para evitar que as eleições se tornem um comércio de quem dá mais. É necessário financiamento público de campanha, sim, porque, além de barrar esse ‘comércio’, o financiamento público iguala as oportunidades”, concluiu.

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