Jornalista Bruno Pereira critica afastamento de policial que pediu fim do isolamento: “Comandante, não faça isso. Respeite a liberdade de expressão”

O apresentador Bruno Pereira, do programa Cidade em Ação, veiculado na TV Arapuan, criticou o afastamento do policial militar que pediu o fim do isolamento social, em um vídeo divulgado nas redes sociais. Conforme o comunicador, a liberdade de expressão deve prevalecer, não sendo necessário que o militar seja afastado das funções por conta do episódio.

“Comandante, não faça isso, respeite a liberdade de expressão”, disse.

CONFIRA O VÍDEO

Entenda o caso

Um policial militar do 4º Batalhão de Guarabira, no Brejo do Estado, foi afastado temporariamente das funções após gravar um vídeo, dentro de um carro (aparentemente uma viatura) e fardado, fazendo críticas às medidas de isolamento social impostas pelos governos do Estado e de municípios. A corporação informou que vai abrir um procedimento administrativo disciplinar para investigar o caso.

“Um procedimento administrativo disciplinar será instaurado para apurar toda a extensão da reprovável atitude do policial, lembrando que a orientação da Polícia Militar da Paraíba é a mesma da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Governo do Estado, de que fique em casa para prevenir a proliferação dessa doença que tem causado danos irreparáveis à saúde de pessoas no Brasil e no Mundo”, diz a nota do 4º BPM.

O vídeo circulou na internet, por meio das redes sociais. “Vamos deixar de ser vagabundo e começar a trabalhar. Esse ‘negocinho’ de ficar em casa de férias não existe, não tem condições. Vai terminar o país quebrando e a gente passando é fome”, diz o PM na gravação, observando que não haveria casos de Covid-19 registrados em Guarabira. Veja o vídeo completo:

O Ministério Público, em Guarabira, também reprovou a atitude do militar. A promotora Edivane Saraiva disse que ele também poderá ser responsabilizado na Justiça comum. As medidas de isolamento social são fruto de estudos feitos por especialistas em Saúde pública do mundo inteiro e são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Como ainda não há vacina eficaz contra o coronavírus, eles dizem que essa é a única forma de evitar a transmissão do vírus. As informações são do portal ExpressoPB.